7 de janeiro de 2014

O que é o Snapchat



Popular entre jovens, Snapchat cresce no Brasil

Aplicativo de fotos que se autodestroem em até dez segundos está entre os cinco mais baixados na App Store brasileira na categoria de fotos e vídeos

Num primeiro momento, o Snapchat parece não fazer muito sentido. O aplicativo permite que usuários troquem fotos e vídeos que permanecem visíveis por no máximo 10 segundos – depois disso, a imagem ou o filme desaparece e não pode ser visto novamente. 
Nas últimas semanas, o Snapchat vem conquistando espaço no mercado brasileiro. No iTunes do Brasil, entrou na lista dos cinco mais baixados na categoria de vídeos e fotos. Também está entre os 25 mais baixados entre todos os aplicativos disponíveis na loja da Apple e entre os 40 do Google Play, a loja de apps do Android. Os dados são da App Annie, consultoria do mercado de aplicativos.
Propósito
Programa não foi feito para o tradicional “momento Kodak”
Criado por dois universitários de Stanford, na Califórnia, em maio de 2011, o Snapchat ainda era um protótipo quando veio à tona o caso do deputado americano Anthony Weiner, que enviou fotos suas de cueca para uma mulher no Twitter.

 O caso, que fez Weiner renunciar ao cargo, acabou ajudando a popularizar o serviço. Hoje, o Snapchat tem atraído especialmente jovens e adolescentes. 

Muitos, especula-se, usam o aplicativo para mandar fotos de nudez ou semi-nudez sem medo que elas acabem aparecendo num Facebook da vida.

 “Faz sentido que esta geração seja mais sensível a ter informações pessoais na web, uma vez que eles estão sob vigilância constante por pessoas que podem ter grande impacto sobre suas vidas, como professores, funcionários da área de admissão das faculdades e os próprios pais”, diz Felix Gillette, da revista Bloomberg Businessweek. 

Nos EUA, a admissão na faculdade passa por um processo seletivo que vai além de provas e em que o currículo também é levado em conta.

Sem perfeição
“O Snapchat não é sobre capturar aquele tradicional momento Kodak”, afirmou Evan Spiegel, um dos criadores do Snapchat em um post no blog da companhia. “Trata-se de comunicar toda a gama de emoções humanas, e não apenas o que parece ser bonito ou perfeito”, disse.
60 milhões
De acordo com o site da empresa, o Snapchat compartilha cerca de 60 milhões de fotos diariamente. O tráfego equivale a quase 10% do número de fotos publicadas no Facebook todos os dias. 

Segundo a consultoria Nielsen, 3,4 milhões de pessoas usaram o Snapchat no mês de dezembro.

Jenna Wortham, repórter de tecnologia do New York Times, defende que o Snapchat é um antídoto para o mundo em que vivemos hoje. “Porque as imagens enviadas por meio do aplicativo se autodestroem depois de alguns segundos da abertura, o Snapchat vem sendo saudado como antídoto a um mundo no qual quase todos os sentimentos, celebrações e momentos são capturados, e depois compartilhados, registrados, comentados, armazenados, submetidos a buscas e vendidos.

 Para as pessoas que não querem se preocupar com o futuro ressurgimento de fotos comprometedoras ou posts embaraçosos, os atrativos do app parecem evidentes”, escreveu ela.

A curitibana Mariana Bello, de 17 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio, começou a usar o aplicativo há pouco mais de uma semana e já convenceu alguns amigos a baixá-lo também.

 Segundo ela, o Snapchat pode ser uma alternativa ao Whatsapp, o popular aplicativo para troca de mensagens. “É aquela coisa: uma imagem vale mais que mil palavras.

 Você está fazendo alguma coisa, não dá tempo de mandar um texto e você só envia uma foto e já interage”, diz. Ela também lembra que, com o Snapchat, aquela preocupação de ficar “perfeita” na foto não existe. “Do jeito que você está você manda, não tem aquela preocupação de ficar bonita”, conta ela.

O Snapchat não permite buscar fotos no arquivo do celular – todas as fotos enviadas precisam ser tiradas na hora. O aplicativo também avisa quem enviou a mensagem caso o destinatário utilize o recurso do iPhone para capturar a imagem da tela – uma tentativa de guardar a foto enviada. 

Entre os usuários do Snapchat, há uma regra não escrita que “não é legal” fazer o print screen da tela.

 “Um amigo meu fez isso logo nos primeiros dias e depois passei a evitar mandar coisas pra ele. [Com ele] já fico me preocupando se a foto ficou boa. Ou eu mando uma que dure apenas um segundo”, conta Mariana. O aplicativo permite que o usuário escolha o tempo de duração em que a foto vai ficar visível – entre 1 e 10 segundos.

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