Los Angeles - O veículo-robô Curiosity da Nasa, que chegou a Marte no começo do mês, efetuou um disparo de laser pela primeira vez em Marte para investigar uma rocha do tamanho de um punho, um feito que os especialistas consideram promissor, informou a agência espacial americana.
O veículo enviado para explorar o planeta vermelho usou sua ChemCam (uma ferramenta que combina câmera com laboratório químico) sobre um pequeno pedaço de rocha, indicou a agência em um comunicado.
"É muito animador, podemos esperar importantes descobertas científicas com a ChemCam, que analisará milhares de objetivos importantes nos próximos dois anos", disse Sylvestre Maurice, um dos encarregados do projeto ChemCam no Instituto de Pesquisas em Astrofísica e Planetologia (IRAP) em Toulouse, sul da França.
"É surpreendente que os dados sejam ainda melhores do que os que tivemos durante os testes na Terra", disse o cientista francês, que projetou a ChemCam com o Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES).
A ChemCam é uma das ferramentas mais importantes do Curiosity e uma das mais visíveis, já que está no alto de um mastro fixado na parte dianteira do robô, o que lhe dá a aparência de um ciclope.
Esta revolucionária ferramenta de exploração planetária, composta de um laser, um telescópio e uma câmera, pode fazer uma primeira análise das rochas e do solo em um raio de nove metros ao redor do Curiosity.
A ChemCam emitiu 30 impulsos de laser por 10 segundos na rocha denominada "Coronation" (coroação).
A energia do laser transforma os átomos na rocha em plasma ionizado e brilhante. A ChemCam captura a luz com um telescópio e o analisa com três espectrômetros para obter informações sobre os elementos que formam a rocha.
"Recebemos muitos sinais da Coronation", disse o líder da pesquisa da ChemCam, Roger Wiens, do laboratório americano em Los Álamos, Novo México (sudoeste), emocionado por ver os resultados depois de oito anos de desenvolvimento do equipamento.
A ChemCam foi desenvolvida, construída e testada pelo Laboratório Nacional Los Álamos, em colaboração com cientistas e engenheiros financiados pela agência espacial francesa.
O Curiosity, uma missão de US$ 2,5 bilhões, pousou com sucesso em 6 de agosto em Marte, com o objetivo de descobrir se o ambiente marciano poderia ser propício à vida.
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